quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Carnaval, adolescência e doenças sexualmente transmissíveis





Água morna em pedra dura tanto bate até que...

A água acabe!

Mas continuamos tentando. Informando para tentar mudar hábitos e costumes. Mudar comportamentos. É essa a intenção de divulgar informações nesse blog.

Mesmo que muitos adolescentes não o leia...

Quem sabe algum possa ler, mudar sua conduta e preservar melhor o bem mais precioso que possua:  sua própria vida.

Há conceitos pré-formados a respeito de doenças sexualmente transmissíveis. Preconceitos. Um deles é que AIDS é doença de gays e homossexuais. Em 1981, quando a doença foi descoberta, o grupo no qual foi estudada era restrito de fato a homossexuais masculinos. Mas logo depois houve um maior conhecimento a respeito da doença e esse conceito mudou. Mas ficou restrito a grupos acadêmicos.

Popularmente AIDS ficou sendo a doença de gays e homossexuais. Ou de usuários de drogas injetáveis.

Não é mais assim. Qualquer pessoa que se exponha ao vírus da doença (vírus HIV) está sujeito a se infectar. Heterossexuais masculinos e femininos. Usuários ou não de drogas injetáveis. Prostitutas.

Adolescentes que tenham relações sexuais desprotegidas ou que tenham contato com sangue e derivados contaminados pelo vírus. Recém-nascidos filhos de mães portadoras do vírus. E também homossexuais.

O vírus não escolhe cara. Nem jovens, nem coroas. Não vê se as pessoas são bonitas ou feias. Entrou em contato com o vírus, contamina-se.

Houve uma época em que doença sexualmente transmissível resumia-se a gonorréia e a sífilis. Tomava-se penicilina e pronto.

Hoje o grupo de doenças transmitidas por contato sexual ampliou. As doenças também se globalizaram. Tornaram-se também pós-modernas, adaptando-se aos costumes das várias culturas.

A Sífilis continua, bem como a blenorragia ou gonorréia. Mas há também a hepatite B, que poderá levar à cirrose hepática, ao câncer do fígado e à morte. O cancro mole. A hepatite C.

E há a temível AIDS, doença sem cura conhecida, cuja principal arma é a prevenção.

Parece que ao falar desses assuntos, nessa época de festas, é colocar ventilador na farofa dos amantes do carnaval. Agourar noitadas boas... Mas o propósito não é esse. É o contrário. O Objetivo é alertar a consciência para prevenir-se.

Carnaval virou sinônimo de tudo pode. Revirar costumes. Desobedecer a ordem estabelecida, desafiar regras. Entrar na onda, não ser careta.

Tudo a ver com adolescência, época de rebeldia por excelência. Bebidas alcoólicas a vontade. Sensualidade (... e sexo, é claro!) à flor da pele. A busca de prazer acima de tudo. Permissividade como sinônimo de liberdade.

Mesmo às custas de vidas preciosas da juventude... tubo bem ... é carnaval.

Como a sensualidade está à flor da pele, se você, adolescente, decidir ter relações sexuais procure proteger-se usando a camisinha. Ela impede o contato entre as mucosas dos órgãos genitais, evitando transmissão de bactérias e/ou vírus entre os envolvidos na relação.

Na hora do vamo vê, com as percepções alteradas pelo uso do álcool, com os estímulos de todos os lados, com a facilidade de exposição de corpos ardentes e sensuais, com o incentivo dos colegas de turma, é difícil lembrar-se da camisinha, e mais difícil ainda é usá-la nessas condições.

Mas... Lembre-se: quem vê somente os órgãos genitais  não vê vírus!

Brinque o carnaval sem fazer de sua vida uma eterna quarta-feira de cinzas, com um vírus mortal fazendo a festa dentro de você.

A festa vai rolar... o povo do gueto mandou avisar... para você se cuidar!...