O QUE É
Doença infecciosa aguda, não contagiosa, causada por vírus, transmitida por mosquito do gênero Aedes, cujas manifestações clínicas variam desde formas sem nenhum sintoma até quadros febris acompanhados por dores musculares (febre quebra ossos), dor de cabeça, dores nas juntas e manchas avermelhadas pelo corpo.
A SITUAÇÃO ATUAL
No mundo todo 2,5 bilhões de pessoas estão sob risco da doença. Já ocorreram 60 milhões de casos e ocorrem 30 mil mortes por ano. O Brasil vive uma situação endêmica atual, com casos notificados em todo país, e aumentando cada vez mais a incidência. A doença está fora de controle das autoridades de Saúde Pública.
O MOSQUITO
É um mosquito urbano. De seus ovos eclodem as formas adultas no período médio de 7 a 10 dias. O raio de vôo do mosquito é relativamente pequeno.
Após sugar o homem infectado (somente as fêmeas necessitam de sangue para sobreviverem), o mosquito poderá transmitir o vírus após um período de 8 a 12 dias. Cresce em águas relativamente limpas, parada em charcos ou armazenada para consumo em caixas d`água, barris, pneus usados, calhas entupidas, vasos de plantas, latas e potes descartáveis.
DA GRAVIDADE DA DOENÇA
As várias formas pelas quais a doença pode se manifestar depende de fatores individuais (sexo, idade, imunidade, condições específicas de saúde, profissão), fator ligado ao agente causal (quantidade de vírus inoculado), e fatores ligados ao vetor (abundância de locadouros, densidade de fêmeas adultas, idade das fêmeas, freqüência de repasto, preferência pelo hospedeiro, disponibilidade do hospedeiro, e susceptibilidade à infecção).
DENGUE HEMORRÁGICO
As manifestações clínicas iniciais do dengue hemorrágico são indistinguíveis daquelas da forma clássica. O termo hemorrágico é impreciso, pois o que caracteriza essa doença é um aumento da permeabilidade capilar, isto é, o que está fluindo dentro dos vasos sanguíneos poderá extravasar para outras partes do organismo ocorrendo o que se conhece como choque, podendo evoluir para o óbito se não for adequadamente reconhecido e tratado precocemente.
O dengue hemorrágico poderá ocorrer tanto na primeira vez que o indivíduo adoece por um tipo de vírus como quando é acometido pelo outro sorotipo (que são quatro – 1,2, 3 e 4.)
MANIFESTAÇÕES ESPECIAIS NAS CRIANÇAS
As manifestações clínicas da Dengue são inespecíficas e quanto menor a criança mais importante é a presença de alguns sinais/sintomas como dor abdominal, dor de garganta, diarréia, rubor facial e irritabilidade de causa não definida, para suspeição da infecção;
Deve-se rever a criança no 5o dia de doença ou no dia de desaparecimento da febre para avaliação de possíveis complicações hemorrágicas, espontâneas ou não;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Deve-se estar atento para, na presença de exantema (manchas avermelhadas pelo corpo) , investigar a possibilidade de sarampo e rubéola encaminhando para o laboratório (Em Minas Gerais: da FUNED) amostra de sangue para realização das sorologias;
O dengue clássico deve ser diferenciado da gripe, leptospirose, meningites, malária, febre amarela, faringites e septicemias.
Quanto ao dengue hemorrágico a principal diferenciação é com a meningococcemia (que poderá causar também meningite e choque grave), com manifestações hemorrágicas na pele e mucosas.
PREVENÇÃO
Não há vacinas para dengue como há para a febre amarela. A maioria das pessoas já sabe o que devem fazer para combater os mosquitos e suas larvas. O que se tem que fazer é partir para a ação junto com as autoridades responsáveis pela Saúde Pública.
Cruzar os braços ou ficar indiferente é contribuir para a não erradicação dessa ameaça contínua às nossas crianças que vivem em nossas cidades.
DENGUE E BORRA DE CAFÉ
Uma pesquisadora de São Paulo descobriu que a borra de café colocada nos suportes que ficam debaixo das plantas contribui para matar as larvas dos mosquitos. Basta colocar uma colher de sopa da borra de café uma vez por semana nesses ambientes, tendo-se o cuidado de usa-la sem açúcar, evitando a proliferação de formigas.
