segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O jovem e as doenças sexualmente transmissíveis








1) O QUE SÃO DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST)?



AS DST são doenças transmitidas por meio da relação sexual, seja de homem com mulher, homem com homem ou mulher com mulher. Em geral, a pessoa infectada transmite a DST para seus parceiros, principalmente quando acontece penetração.

Ao contrário do que muita gente pensa, as DST são doenças graves que podem causar disfunções sexuais, esterilidade, aborto, nascimento de bebês prematuros com problemas de saúde, deficiência física ou mental, alguns tipos de câncer e até a morte. Uma pessoa com DST também tem mais chance de pegar outras DST, inclusive a aids.

As DST constituem grave problema médico, sanitário e social. Até alguns anos passados, as DST clássicas eram a sífilis, a gonorréia, o granuloma venéreo e a donovanose, sendo a prostituição considerada preponderante para a transmissão.

Atualmente, porém, outros fatores concorrem para o aumento da incidência, como a falta de compromisso com a saúde, no comportamento sexual de ambos os sexos, tanto nas práticas homo (relacionamento sexual com pessoas do mesmo sexo) como heterossexuais (relacionamento sexual entre pessoas de sexos diferentes).


2) CLASSIFICAÇÃO DAS DST



A) Obrigatoriamente de transmissão sexual



. Sífilis

. Gonorréia

. Cancro mole

. Linfogranuloma venéreo



B) Freqüentemente transmitida por contato sexual



. Donovanose

. Tricomoníase

. Condiloma acuminado

. Uretrites não-gonocócicas

. Herpes simples genital

. Candidíase genital

. Pediculose pubiana

. AIDS

. Hepatite por vírus B



C) Eventualmente transmitidas por contato sexual



. Molusco contagioso genital

. Pediculose

. Escabiose

. Oxiuríase

. Hepatite por vírus A

. Amebíase

. Shigelose

. Tuberculose



3) QUEM PODE PEGAR DST?



Quem tem relações sexuais sem camisinha;

Quem tem parceiro que mantém relações sexuais com outras pessoas sem camisinha;

Pessoas que usam drogas injetáveis e compartilham seringas;

Pessoas que têm parceiros que usem drogas injetáveis, compartilhando seringas;

Pessoas que recebem transfusão de sangue não testado;

Qualquer um - casados, solteiros, jovens, adultos, ricos ou pobres - pode pegar DST.



4) QUAIS OS PRINCIPAIS SINAIS DAS DST?



Feridas (úlceras): aparecem nos órgão genitais ou em qualquer parte do corpo. Podem doer ou não.

Corrimentos: aparece no homem e na mulher no canal da uretra, vagina ou ânus. Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados como pus. Alguns têm cheiro forte e ruim. Tem gente que sente dor ao urinar ou durante a relação sexual. Nas mulheres, quando o corrimento é pouco, só é visto em exames ginecológicos.

Verrugas: são como caroços; podem parecer umas couves-flores quando a doença está em estágio avançado. Em geral não dói, mas pode ocorrer irritação ou coceiras.



5) QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS?



Ardência ou coceira: mais sentidas ao urinar ou nas relações sexuais. Há pessoas que sentem as duas coisas, outras somente uma e muitas pessoas não sentem nada e, sem saber, transmitem DST para seus parceiros.

Dor e mal-estar: embaixo do umbigo, na parte baixa da barriga, ao urinar, ao evacuar ou nas relações sexuais.



6) COMO TRATAR AS DST?



· Faça apenas o tratamento indicado por um profissional de saúde, não aceite indicações de vizinhos, parentes, funcionários de farmácias etc.

· Siga a receita e tome os remédios na quantidade certa e nas horas certas.

· Continue o tratamento até o fim, mesmo que não haja mais sinal ou sintoma da doença.

· Todo o parceiro de quem está com DST devem ser conscientizados e fazer o tratamento, senão o problema continua.

· Deve-se evitar relações sexuais durante o tratamento. Em último caso, use sempre camisinha.

· Peça também para fazer o teste da aids. É melhor sempre se prevenir.



7) SERVIÇOS QUE ATENDEM CASOS DE DST



O que são os serviços que atendem DST?

São serviços de saúde que pertencem ao Sistema Único de Saúde (SUS) e que contam com profissionais de saúde capacitados na Abordagem Sindrômica das DST, podendo ou não contar com estrutura laboratorial, promovendo a assistência clínica e o tratamento adequado, a prevenção, o fornecimento de preservativos e aconselhamento para testagem para o HIV.



8) SEXO SEGURO É COM CAMISINHA



A camisinha (preservativo) é a maneira mais fácil e eficiente de impedir o contato com o sangue, esperma e secreção vaginal, evitando a transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), como a aids. Use sempre camisinha, desde o começo de todas as relações sexuais.

Verifique sempre a data de validade da camisinha na embalagem e para guardá-la prefira locais frios e secos. Deixar a camisinha por muito tempo na carteira ou no porta-luvas do carro pode estragá-la.


9) ONDE ENCONTRAR CAMISINHA GRATUITA



Onde encontrar as Coordenações Estaduais e Programas Municipais que informam onde encontrar camisinha (preservativo).

Programa Estadual de DST e Aids de Minas Gerais

Endereço : Av. Afonso Pena, 2300, 8º Andar, Sala 806

Bairro: Av. Afonso Pena Cidade : Belo Horizonte - MG

CEP: 30130-007 FONE: 031-3261-7519 3261-7847

FAX: 3261-8367

Nome: Maria Tereza da Costa Oliveira

Cargo: Coordenador

Programa Municipal de DST e Aids de Belo Horizonte

Endereço : Avenida Afonso Pena, 2336, 5º Andar

Bairro: Funcionários Cidade : Belo Horizonte - MG

CEP: 30130-006 FONE: 031- 3277 7798 3277 7796

FAX: 3277 7797

Nome: Carmen Teresinha Mazzilli Marques

Cargo: Coordenador


10) COMO USAR A CAMISINHA MASCULINA



Abra a embalagem com cuidado - nunca com os dentes - para não furar a camisinha.Coloque a camisinha somente quando o pênis estiver ereto. Desenrole a camisinha até a base do pênis, mas antes aperte a ponta para retirar o ar.Só use lubrificantes à base de água, evite vaselina e outros lubrificantes à base de óleo.

Após a ejaculação, retire a camisinha com o pênis ainda duro, fechando com a mão a abertura para evitar que o esperma vaze da camisinha. Dê um nó no meio da camisinha e jogue-a no lixo. Nunca use a camisinha mais de uma vez. Usar a camisinha duas vezes não previne contra doenças e gravidez.



11) CUIDADOS NECESSÁRIOS AO USAR A CAMISINHA MASCULINA



Colocar a camisinha desde o começo do contato entre o pênis e a vagina.

Tire a camisinha com o pênis ainda duro, logo depois da ejaculação.

Apertar a ponta da camisinha enquanto ela é desenrolada para tirar o ar. Se o reservatório destinado ao sêmem estiver cheio de ar, a camisinha pode estourar.

Usar somente lubrificantes à base dágua. Somente lubrificantes à base dágua devem ser utilizados junto com a camisinha, como é o caso do KY. Já a vaselina e outros lubrificantes à base de petróleo não devem ser usados, já que causam rachaduras na camisnha, acabando com a capacidade dele de proteger contra doenças e gravidez.

Transar uma única vez com cada camisinha. Usar a camisinha mais de uma vez não previne contra as DST e gravidez.

Guardar a camisinha em locais frescos e secos.

Nunca abra a camisinha com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.



12) COMO USAR A CAMISINHA FEMININA



Para colocar a camisinha feminina encontre uma posição confortável. Pode ser em pé com um pé em cima de uma cadeira; sentada com os joelhos afastados; agachada ou deitada.

Segure a argola menor com o polegar e o indicador. Aperte a argola e introduza na vagina com o dedo indicador.

Empurre-a com o dedo indicador A argola maior fica para fora da vagina, isso aumenta a proteção.

Depois da relação, retire a camisinha feminina torcendo a argola de fora para que o esperma não escorra e jogue-a no lixo. Nunca use a camisinha feminina mais de uma vez.



13) CUIDADOS NECESSÁRIOS AO USAR A CAMISINHA FEMININA



· Usar a camisinha feminina desde o começo do contato entre o pênis e a vagina.

· Transar uma única vez com cada camisinha feminina. Usar a camisinha feminina mais de uma vez não previne contra as DST e gravidez.

· Guardar a camisinha feminina em locais frescos e secos.

· Nunca abra a camisinha feminina com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.



14) PRINCIPAIS ERROS NO USO DA CAMISINHA



a) Usar só na hora da penetração

A camisinha deve ser colocada desde o começo do contato entre o pênis e a vagina.



b) Só tirar depois que o pênis amolecer dentro da vagina

Com o pênis mole, o sêmem pode vazar da camisinha entrando em contato com a vagina. Tire a camisinha com o pênis ainda duro, logo depois da ejaculação.


c) Colocar do avesso

Assim é mais difícil colocar a camisinha e o rompimento pode acontecer facilmente.



d) Não tirar o ar do reservatório ao colocar a camisinha

Se o reservatório destinado ao sêmem estiver cheio de ar, a camisinha pode estourar. Por isso, é importante apertar a ponta do preservativo enquanto ele é desenrolado.


d) Só colocar na hora da ejaculação

A transmissão de DST e a gravidez podem acontecer antes da ejaculação.



e) Passar lubrificantes que não sejam à base dágua


Somente lubrificantes à base dágua devem ser utilizados, como é o caso do KY. Já a vaselina e outros lubrificantes à base de petróleo não devem ser usados, já que causam rachaduras no preservativo, acabando com a capacidade dele de proteger contra doenças e gravidez.



g) Transar duas vezes com a mesma camisinha



A camisinha só pode ser usada uma única vez. Usá-la mais de uma vez não previne contra as DST e gravidez.



h) Guardar em lugar incorreto

Guardar a camisinha na carteira ou no porta-luvas pode danificá-la. Por isso, mantenha-a em locais frescos e secos.



i) Abrir com os dentes e outros objetos cortantes

Nunca abra a camisinha com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.



15) A CAMISINHA PODE PROTEGER CONTRA AS DST E A AIDS?



Diversos estudos confirmam a eficiência da camisinha na prevenção da aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis.

Pesquisa realizada nos Estados Unidos demonstrou que o uso correto e sistemático da camisinha em todas as relações sexuais previne em 95% a transmissão do HIV.

Outro estudo realizado nos EUA mostrou que o HIV não pode atravessar a camisinha. O látex foi ampliado 2 mil vezes (utilizando-se de microscópio eletrônico) e não foi encontrado nenhum poro. Examinou-se, também, as 40 marcas de preservativos mais utilizadas em todo o mundo, ampliando 30 mil vezes (nível de ampliação que possibilita a visão do HIV) e nenhum apresentou poros.

Quanto à possibilidade de a camisinha estourar durante o ato sexual, pesquisas sustentam que as taxas de rompimentos são inferiores a 1%, e que o fato dela “arrebentar” deve-se muito mais ao uso incorreto do que falha do produto em si.

O dado mais convincente sobre a efetividade da camisinha foi demonstrado por estudo realizado entre casais onde um dos parceiros estava infectado pelo HIV e o outro não. Foi demonstrado que com o uso consistente do preservativo a taxa de infecção pelo HIV nos parceiros não infectados foi menor que 1% ao ano. O uso correto e consistente da camisinha contribui, de forma concreta, desde a prevenção de enfermidades até a gravidez indesejada.

Esses estudos mostram que o uso correto da camisinha protege contra as doenças sexualmente transmissíveis e a aids.



16) PREVENÇÃO DA AIDS



O HIV, vírus da aids, pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e pelo leite materno.

Sabendo disso, você pode conviver com uma pessoa portadora do HIV. Pode beijar, abraçar, dar carinho e compartilhar do mesmo espaço físico sem ter medo de pegar o vírus.

Quanto mais respeito e carinho você der a quem vive com HIV/aids, melhor será a resposta ao tratamento, porque o convívio social é muito importante para o aumento da auto-estima das pessoas e, conseqüentemente, faz com que elas cuidem melhor da saúde.



A) ASSIM PEGA



Sexo na vagina sem camisinha

Sexo anal sem camisinha

Sexo oral sem camisinha

Uso de seringa por mais de uma pessoa

Transfusão de sangue contaminado

Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação

Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados



B) ASSIM NÃO PEGA



· Sexo desde que se use corretamente a camisinha

· Masturbação a dois

· Beijo no rosto ou na boca

· Suor e lágrima

· Picada de inseto

· Aperto de mão ou abraço

· Sabonete/toalha/lençóis

· Talheres/copos

· Assento de ônibus

· Piscina

· Banheiro

· Doação de sangue

· Pelo ar

Fontes: Programa Nacional de DST e AIDS – www.aids.gov.br


Clínica Infanto-Juvenil Pró-Crescer: Do feto à Adolescência (http://www.procrescer.med.br/)


Doenças Infecciosas na Infância e Adolescência – Tonelli/Freire


MEDSI – Segunda Edição.