As escolas e os pais freqüentemente têm dúvidas a respeito do possível afastamento das crianças da escola durante o período de algumas doenças, evitando transmiti-las para as outras.
As doenças transmissíveis necessitam controle especial. A comunidade escolar deve estar ciente dessas doenças, orientando sempre os pais sobre as melhores condutas.
Listamos abaixo alguns cuidados e doenças mais freqüentes.
As crianças devem ser afastadas das escolas nas seguintes condições:
1. Doença que afeta o estado geral da criança, com prostração, inapetência, irritabilidade, dificuldade para respirar e, principalmente, febre.
2. Doença que exige maior cuidado do que a equipe da creche ou escola possa dar.
3. Diarréia e vômitos.
4. Feridas na boca e salivação excessiva (estomatite, sapinho).
5. Doença eruptiva com febre (manchas na pele).
6. Conjuntivite, com purgação nos olhos ou pálpebras inchadas.
7. Tuberculose até liberação médica.
8. Feridas na pele até um dia depois de ter iniciado o tratamento.
9. Infecção de garganta febril (faringite ou amigdalite estreptocócica), até um dia depois de iniciado o tratamento e ter estado um dia sem febre.
10. Sarna e piolhos, até o término do primeiro tratamento (quatro dias).
11. Catapora (varicela), seis dias após o início da erupção.
12. Coqueluche, 14 dias.
13. Caxumba, uma semana após o início da inchação da glândula (parótida).
14. Hepatite A, 15 dias, com atestado de liberação médica.
15. Hepatite B confirmada – período longo de afastamento, enquanto persistirem determinados antígenos no sangue.
16. Dengue – não é transmitido de pessoa para pessoa. Portanto, não exige afastamento escolar pela possibilidade de transmissão.
17. Rubéola – afastar da escola até o quinto dia após o surgimento das manchas pelo corpo.
Raramente até o décimo quarto dia após o surgimento das manchas, tempo que deve ser respeitado em caso de contato com grávidas no primeiro trimestre de gravidez.
18. Sarampo – Até o quinto dia após surgimento das manchas pelo corpo.
19. Gripes e resfriados comuns – Embora os vírus causadores dessas doenças sejam facilmente transmissíveis, não há indicação de afastamento escolar.
Não há como controlar a transmissão dessas viroses em ambiente escolar. Mesmo porque a transmissão começa a ocorrer antes do aparecimento dos primeiros sintomas.
Nota: Cabe ao Serviço de Saúde receber a informação da família ou Creche ou da Escola, confirmar e registrar os dados; recomendar medidas de controle, estabelecer normas e procedimentos técnicos; assessorar a Creche e a Escola e acompanhar a evolução epidemiológica; referir-se aos níveis superiores (distrital, municipal e estadual, conforme o caso).
Atenção - são doenças de notificação obrigatória entre outras:
Poliomielite (paralisia infantil) , sarampo, difteria, tétano, coqueluche, febre tifóide, meningite meningocócica, tuberculose, raiva, febre amarela e hepatite viral.
Fontes: Educação Médica Continuada – UFMG (http://www.medicina.ufmg.br/)
Clínica Infanto-Juvenil Pró-Crescer: Do Feto à Adolescência (http://www.procrescer.med.br/)
